quarta-feira, 14 de março de 2012

Gosto mortal





Gosto mortal









Amar, gosto mortal, choram os poetas
Amar como uma lembrança fatídica...
Como esperar em um segundo pela vida
Enquanto num milésimo vem a morte e flerta...

Mas nao ama, amar...como ferida aberta
Como uma crônica chaga... lúgubre tentativa
Como amar... e na esperança da despedida

Nunca haverão, bons caminhos, portas certas...

Verbo passivo, sem voz, como os que a querem
Amar é fruto fútil da imaginação dos que bebem...
Embriagado e perfeito em seu copo de sadismo...


Como deveria ser...amar como gosto mortal
Em goles escrevo o vazio e sou cínico arsenal...
Das veias irrigadas e pulsantes deste eufemismo...

~César Augusto.

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