terça-feira, 28 de agosto de 2012

Promessas








Promessas

Prometo em beijos deslumbrar vistoso;
todas as paixões que poderiam advir;
e em teu corpo poder dividir;
em milhares carícias e gozo;

prometo na essência da paixão sequioso;
embriagar-me de teus sabores a perquirir;
e em tuas pernas nutrir;
meu desejo lugubre e nervoso!;

Querida, prometo te prometer;
comprometo meus versos sem entender;
prometo não abster-me de provar-te;

E no profundo de minha sinceridade;
prometo seguir-te na incredulidade;
do melhor de minhas artes.




~César Augusto.

domingo, 19 de agosto de 2012











Sempre haverá poesia.














Haverá poesia vestindo as pessoas
até quando despidas dessa graça
e letras, amontoadas, sílabas de roupas
para cobrir do frio e proteger da brasa

Haverá poesia, iluminando caminhos
até quando o breu for escolha consentida
e verbos luminescentes em pontos seguidos
e sinais de fumaça em todos as virgulas

e sempre, sempre, haverá poesia.

Haverá, mesmo aos ateus e agnósticos
até em seus cálculos, nas lógicas programadas
e exclamações pagãs nos conceitos lógicos
e parágrafos de fé no circuitos da bíblia desmontada.

Pode não haver credo, nem euforia.
Mas sempre, sempre, haverá poesia.

Haverá, nas sensações não rimadas,
nos pesadelos íntimos da solidão
até nos capítulos de gramáticas faladas
poesias em algarismos rítmicos de pronunciação

independente das rimas e das bocas,
houve poesia, antes de haver todas as coisas.

~César Augusto.

Também disponível recitada: http://soundcloud.com/c-sar-pride/semprehaver-poesia

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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Proporções.


Proporções.

Vamos mais acima,
Acima do mais alto
Mais alto do que acima
Mais acima para o salto

E ao descer, em baixo
Mais baixo do que descido
Mais descido, mais embaixo
Do que cavam os caídos

Mergulhemos, exaustos
Mergulhemos ao fundo
Mais fundo que o profundo
Por debaixo...

E na imensidão sigamos
Sigamos altos,
E morreremos imensos
Imensamente altos.

~César Augusto.


Foto: Henderson Baena

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Se






Se











Se da vida só me restasse uma pétala,
Se do meu canto restasse uma nota
Se do meu corpo vertesse uma obra
Eu seria uma solitária e lírica cédula

Se minha prece fosse uma lágrima crédula
Se do meu êxodo poético nascesse morta
Uma única letra fértil valeria tudo em volta
 Se da vida só me restasse uma pétala,

Se de todos os versos, trôpego esquecesse
Se de todos os amores, Passional morresse
Uma única letra fértil valeria meus momentos

Se de todo o tempo não houvesse prumo
Se de todo o passar, esquecêssemos o rumo
Hoje, eu seria um solitário a menos.

~César Augusto.


Foto: Henderson Baena