Em ponto Infalível.
(…) Escrevo nas dezenas, mas sofro impreterível;
na quantidade que me cabe, na medida;
porque se todos os versos fossem feridas;
para viver meu corpo estaria inservível;
escrevo centenas, mas com o sabor crível;
escrevo só até acabar a saliva;
até o ponto em que a lembrança seja nociva;
ao ponto de me matar infalível;
escrevo milhares e se outras tiverem;
linhas tantas que entre si preferem;
me apaixonaria por suas irmãs;
Elas preferem o tempo e tanto prefiro que escrevo;
mas saber se um dia o escrito será o que vejo;
não justificará nunca meu afã...
~César Augusto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário