segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Em ponto Infalível.







Em ponto Infalível.











(…) Escrevo nas dezenas, mas sofro impreterível;

na quantidade que me cabe, na medida;

porque se todos os versos fossem feridas;

para viver meu corpo estaria inservível;


escrevo centenas, mas com o sabor crível;

escrevo só até acabar a saliva;

até o ponto em que a lembrança seja nociva;

ao ponto de me matar infalível;


escrevo milhares e se outras tiverem;

linhas tantas que entre si preferem;

me apaixonaria por suas irmãs;


Elas preferem o tempo e tanto prefiro que escrevo;

mas saber se um dia o escrito será o que vejo;

não justificará nunca meu afã...



~César Augusto.


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