Desde crianças, amigas, pulávamos na cama,
Desde crianças, cúmplices, naquele mar azul
Crescemos no bater das ondas de Copacabana
Como se a infância morasse apenas na zona sul
Desde sempre, confidente, no sal pacado,
Lagos escavados nos sorrisos das bochechas
E você amiga, com aquele sorriso molhado
Convicto, a deixar toda a orla cheia...
E minhas costas sujas de seguidos tombos,
Os pés calçados de tropeços e brincadeiras
E hoje, não lhe pergunto se tenho teus ombros
Para simplesmente confidenciar esse vida cheia,
Sempre ao alcance dessas mãos pequenas minha amiga
Sempre resistente e altiva naquela areia quente
Contemplativa à beleza que me passou distraída
Sem os limites de Botafogo, Ipanema, Lagoa e Leme.
E um pouco mais mocinhas, com batons e confidências
Não perdestes teu olhar de ressaca, fina e cândida...
Nem mesmo após um cruzar descalço de saliências
Nos recantos mais ilários da Atlântica...
E se essa amizade tem do sal da santa...
Três ondas, oferendas e todos os orixás
Porque contigo naquela mistura branca
Aprendi a ser “Princesinha do mar”.
~César Augusto.
Agradecendo a foto da colega Mary Camata x)
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