Perdoe
Perdoe-me
pelo “acaso” com o que escrevo
Por
minhas palavras abertas a esmo...
Perdoe-me
porque componho a tudo...
O
vasto tema que arrebato nas entrelinhas
Perdoe-me
porque entre as minúcias minhas
Posso
cativar o que dentro de ti é absurdo...
Perdoe
este termo e todas as palavras que insistem
Cada
letra que suborno e que me permitem...
Insinuar
levemente este paradeiro explicito....
Mil
desculpas... porque ouso te gritar no becos
Ecoar
minhas desculpas e seus medos
Nessas
desculpas que repito...
Minha
lástima perdoe... o acaso com o que escrevo
Entre
o que não são dúzias nem centenas, nem milheiros
perdoe...
sutil e profundamente meus fartos olhares
releve
a intromissão com que escrevo a todas as medidas
e
ainda mais minhas soturnas visitas...
Aos
teus pensamentos no singular de milhares...
Meu
humor, não note... o meio sorriso arqueado
Meu
olhar no fundo de tua
alma
espelhado...
perdoe
sem dúvida, minha invasão em teu interior
a
ânsia que me alimento de teus pesadelos
O
toque frio e singelo de meus dedos...
nas
mais profundas cicatrizes de teu fulgor...
Resuma
minhas palavras jogadas ao vento
Me
castigue deste disparate profundamente lendo...
(e
quando acabares, perdoe minhas ocasionais palavras)
ditas
só na ressonância de tua fuga interna
perdoe
os livros e minhas sublinhadas mensagens...
minha
presença nas distantes e esquecidas paragens...
Destas
desculpas casuais e sinceras...
Perdoe...
mas não lamente o acaso
Este
acaso escrito e já perdoado
“Este
desleixo com que escrevo...”
Essas
desculpas tão mal vistas
a
forma casual que são repetidas
No
perdão que recito e bracejo.
~César Augusto.
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