sábado, 28 de julho de 2012

Equações.









Equações.
















Haveria um interdito?
Uma métrica rígida...
Que pudesse fazer poesia
Que pudesse fazer um livro?

Uma frase, uma equação exata
Que somasse perdas, as letras
Haveriam tantos selos quanto cartas
Que pudessem remeter às nossas cabeças...

Um acontecimento, um rito de passagem...
Que levasse todos a mesma vírgula fatídica
Haveriam pontos suficientes? Ou cartilagem
Nas terminações poéticas de nossas vidas?

Um pôr do sol de aura criativa
Um luar com a magia rimativa
Um amor que trouxesse a ideia
Uma morte que roubasse o medo
Um remédio absoluto para os nervos
Uma explicação para o que não é matéria
- mas dói.
Essa média.
Interpretativa.
Do que não é vida
Etérea.

~ César Augusto.


Foto: Henderson Baena

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